por Giovanni Alevato
Oacordo de Paris finalmente foi assinado, dando uma esperança de sobrevida aos moradores do planeta Terra. Os resultados desse feito histórico virão em doses homeopáticas, pois os prazos e termos do documento preveem um período de adequação dos signatários, visto que a maioria deles tem mudanças consideráveis a fazer.
Outra notícia que surgiu é que o Planeta está mais verde e menos azul. Essa notícia foi dada a partir de um estudo realizado pela Universidade Autônoma de Barcelona, e isso se deve ao aumento do CO2 na atmosfera – gás responsável pelo efeito estufa. A comparação foi feita confrontando dados de 33 anos atrás. O que pode parecer uma excelente notícia, não é: isso implica aumento do consumo de combustíveis fósseis. Os cientistas já alertaram amplamente a respeito dos efeitos da emissão de CO2 na atmosfera. Alguns deles são a mudança climática – que inclui o aumento da temperatura global –, a subida do nível do mar, o degelo e a radicalização das tempestades tropicais, especialmente os efeitos do El Niño e La Niña. Todos esses acontecimentos já são observados e sentidos e, segundo o estudo, não recuarão se não deixarmos de usar combustíveis fósseis.
Existe hoje um frenesi diante da contagem regressiva para os Jogos Olímpicos: estamos a 100 dias do início do grande evento, e as obras para a ocasião estão chegando a um “fim”– e, por mais paradoxal que possa parecer, as construções que já foram entregues estão caindo. Foi assim com a ciclovia Tim Maia, que, ao contrário do saudoso cantor, não suportou a ressaca do mar ali na área do Vidigal.
Pela primeira vez, o principal produto da Apple teve uma retração nas vendas; não sei avaliar o que isso quer dizer, mas que vai servir como marco temporal, vai.
O que mais se fala aqui no Brasil, hoje, é o impeachment da presidente Dilma Rousseff – que talvez já esteja afastada quando este artigo chegar até suas mãos. Os motivos do afastamento são as famosas “pedaladas fiscais”, que nada mais são que empréstimos contraídos pelo governo federal sem formalização ou autorização do Congresso –, mais ou menos como se você, meu atento leitor, tivesse emitido cheques sem fundos e obrigado o banco do qual você é acionista a pagá-los, no mais do que famoso “manda quem pode e obedece quem tem juízo”. E as contas públicas têm hoje um rombo de R$ 400 bilhões. É colossal e caótica a situação tupiniquim. Dezenas de fábricas e milhares de lojas estão fechando, e milhões de empregos estão sendo perdidos. Rezemos, oremos e vamos trabalhar enquanto podemos.



