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segunda-feira, fevereiro 17, 2025

Todo mundo sonha em ter sua casa

por Sérgio Castro

Em 2010 quando surgiu a Facebrasil, eu e Marco Alevato montamos o embrião do que seria a primeira embaixada do Flamengo no exterior. Nossa vontade era ter um local para assistir aos jogos do nosso Flamengo e usufruir de, pelo menos, parte da atmosfera de estar no estádio. Nosso desejo era tamanho que mesmo com sobrecarga de trabalho com as primeiras edições da revista, sempre separávamos tempo para estar juntos na Fla-Orlando.

Esse “flamenguismo” sempre despertou o interesse dos meus amigos americanos, para os quais eu me esforçava para explicar o que significava ser torcedor do Flamengo e parte de uma nação tão numerosa e apaixonada. Eles riam quando eu dizia que, na verdade, eu era flamenguista nascido no Brasil, já que somos mais de 45 milhões de pessoas em todas as cidades do país e pelo mundo.

Um dos maiores desejos dessa nação era ter um estádio próprio, já que o Maracanã, que sempre foi a casa alugada do Flamengo, nunca pode ser chamado de nosso devido à politicagem e as paixões clubísticas de clubes com menos de 10% do nosso número de torcedores.

Em 2013, uma nova direção assumiu o Flamengo com um projeto arrojado para sanear dívidas e resgatar a dignidade da nação rubro-negra. Em 2018, o projeto já dava mostras que daria ao Flamengo a hegemonia no futebol brasileiro com o clube conseguindo recomeçar a contratar jogadores de prestígio internacional para defender o clube. A imensa torcida passou a lotar todos os estádios pelos quais o Flamengo passava, de norte a sul, multidões viajavam centenas de quilômetros só para assistir a um único jogo. O clube bateu todos os recordes de arrecadação anual, agigantando ainda mais sua atuação no mercado do futebol como um todo.

Com muito dinheiro em caixa e baixíssimo endividamento, o Flamengo gastou milhões de euros em jogadores galácticos, competindo com agremiações gigantescas ao nível mundial por essas contratações.

Diversos títulos foram conquistados, nosso amor-próprio totalmente restaurado, mas ainda havia uma lacuna a ser preenchida para capacitar o Flamengo como potência esportiva, econômica e financeira, ter seu próprio estádio.
Faltava a nossa casa própria, nosso alçapão.

Meus netos e os do Marco não sabem, mas eles fazem parte do que será a maior nação futebolística do mundo. O dia 31 de julho de 2024 será lembrado para sempre como o dia em que a nação rubro-negra recebeu a sua própria terra, junto ao mar, num dos locais mais sofridos do Rio de Janeiro que será regenerado pelo poder da massa rubro-negra.

Hoje é um dia histórico, dia que compramos o terreno para construir nosso estádio, que lembraremos para sempre como o primeiro de milênios de glórias e alegrias.
Nossos netos terão uma casa para chamar de sua.

Saudações rubro-negras!

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