Ebola, também conhecido como “febre hemorrágica”, é uma doença rara causada por um vírus da família Filoviridae. Existem cinco espécies identificadas do vírus ebola, das quais quatro causam doenças em seres humanos.
O vírus foi inicialmente descoberto em 1976, perto do Rio Ebola, na República Democrática do Congo, na África, sendo hoje encontrado em diversos países daquele continente . Os sintomas da infecção pelo vírus são bem genéricos, como febre, dor de cabeça, dores musculares, fraqueza, vômitos, diarreia e dor abdominal mais ao nível do estomago, além do sinal mais característico: sangramento ou equimoses na pele.
Esses sintomas podem aparecer entre dois e 21 dias da exposição ao vírus, mas, em média, levam de oito a dez dias. A transmissão ocorre não pelo ar, mas pelo contato direto com outras pessoas infectadas com o ebola, ou com animais considerados reservatórios – como morcegos. O lugar mais fácil de se contaminar é o ambiente hospitalar, já que hospitais e clínicas são lugares de triagem de pacientes com sintomas como os descritos acima.
O diagnóstico do ebola é feito por exame de sangue, para detectar o vírus. É importante informar que não existem até o momento vacina ou terapêutica específica para o ebola. Assim, o tratamento que vem sendo utilizado é relacionado aos sintomas e ao estado geral do paciente – mantendo-o hidratado, preservando as funções pulmonar e cardíaca, e com atenção ao seu estado nutricional. A recuperação do infectado depende exclusivamente desse suporte. Outro detalhe importante é que os pacientes que tiveram ebola mantêm anticorpos ativos no organismo por até dez anos após a doença, estando teoricamente protegidos de outra infecção pelo vírus.
Em relação ao contato com outros infectados e à forma de contágio, é importante lembrar que o vírus pode ser transmitido pelo sêmen até três meses depois do término dos sintomas. Desse modo, pessoas que tiveram ebola devem usar camisinha durante as relações sexuais por até quatro meses.
Quem não viajou para áreas de risco, nem trabalha em hospitais e clínicas, tem chances mínimas de se contaminar – como todo vírus ou bactéria, vale a pena lembrar as precauções mínimas de higiene. Cuidado: já ouvi casos de pessoas bebendo cloro como medicamento contra o ebola – e o cloro é veneno! E mais, por favor: não tome nenhuma droga ou substância sem consultar o site do Centro de Doenças Infecciosas (CDC): http://www.cdc.gov/vhf/ebola/index.html.
Por Lilian Alevato
Revista Facebrasil – Edição 45 – 2014