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segunda-feira, outubro 27, 2025

Pais X professores uma relação complicada – na revista Facebrasil 71

Nas últimas décadas, a relação entre pais e professores vem se tornando cada vez mais conflituosa, com reclamações de ambas as partes. De um lado, pais criticam as regras, métodos e notas; do outro, professores queixam-se da falta de respeito de alunos e dos próprios pais. Em vez de tentar definir quem está certo, o caminho é formar uma parceria visando o melhor para a criança ou adolescente. É bem verdade que os pais hoje opinam muito mais sobre o que ocorre na escola do que há 30, 40 anos, mas também é fato que muitas vezes a forma deles de se expressarem é inadequada e visa única e exclusivamente defender seus filhos, independentemente do que tenha ocorrido. A primeira coisa que é preciso ter em mente quando a criança ou adolescente lhes relata um problema (uma bronca que levaram do professor, uma nota baixa em uma prova, um bilhete por mau comportamento, etc.) é que a história pode estar distorcida, seja por medo de serem castigados, seja porque no fundo sabem que estão errados e precisam inventar uma justificativa para o que ocorreu. Antes de “cerrar os punhos” e já querer ir discutir com o educador, é preciso ouvir o outro lado, para que, com racionalidade, se possa entender o que de fato ocorreu. Mas há pais que assumem o papel de advogado de seus filhos e partem para o ataque de maneira até virulenta, tentando provar que a culpa é dos professores, da escola, dos colegas, etc. Quando alguém não aceita observações negativas sobre o comportamento do filho ou então que ele receba uma nota baixa, está prejudicando-o, pois ele jamais se tornará um adulto capaz de assumir seus erros; sempre buscará desviar o foco, pois aprendeu no seio familiar que jogar a culpa nos outros dá resultado. A diferença é que chegará um momento em que a mamãe e o papai não poderão defendê-lo. Por outro lado, quando os pais decidem ouvir os professores e coordenadores, muitas vezes tomam ciência de atitudes que jamais imaginariam que seus filhos estivessem tendo. Esse feedback é muito importante, pois, a partir dele, os pais perceberão que devem monitorar mais o dia a dia de seus filhos para entender o que precisa mudar e como poderão ajudá-los. Isso não significa que, quando o assunto for relacionado à escola, os filhos estarão sempre errados, claro que não! Às vezes, eles podem ter um professor gentil, mas com uma didática que deixa a desejar, o que torna o aprendizado muito mais complicado. Outras vezes, o educador até é competente, mas exagera no trato com a sala, adjetivando pejorativamente alunos que fazem algo errado, gritando por qualquer coisa e sendo grosso ou debochado quando alguém lhe faz uma pergunta. Nesses casos, os pais não só podem como devem entrar em contato com a direção da escola e relatar o problema, de uma maneira educada, porém, solicitando mudanças.

Parceria é a melhor solução

Sem a ajuda dos pais, a escola não conseguirá ter um aluno 100% estudioso, educado e cumpridor de todos os deveres e regras. Da mesma forma, os pais sozinhos são incapazes de fornecer todo o ensino de que seus filhos necessitam. Diante desse quadro, fica claro que ambos os lados devem se unir. Os pais devem participar ativamente do cotidiano escolar, conhecer o conteúdo programático, regras, critérios de avaliação, etc., e ensinar seus filhos a respeitar o ambiente escolar e cumprir suas obrigações. Também devem questionar algo que não entenderam ou com o que não concordam, sempre de maneira ponderada. Do lado dos educadores, é necessário saber ouvir e responder aos questionamentos eventuais de maneira que tudo possa ficar claro, e caso haja uma reclamação procedente, que medidas adequadas sejam tomadas para evitar que o problema volte a se repetir. Não existem fórmulas prontas, mas, certamente, com a parceria de pais e professores, todos ganharão, especialmente os estudantes.

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