O conceito de coworking transformou a maneira como profissionais independentes, startups e pequenas empresas atuam no mercado global. Com a ascensão da economia colaborativa, esses espaços se consolidaram como uma alternativa acessível, flexível e inspiradora para quem busca trabalhar fora do ambiente corporativo tradicional. Nos Estados Unidos, especialmente em estados como Flórida, Massachusetts e Califórnia, os coworkings criados por brasileiros têm se tornado referência, unindo o espírito empreendedor à forte conexão comunitária da diáspora.
Mais do que locais de trabalho, esses espaços são pontos de encontro cultural, de networking e de construção de negócios que aproximam brasileiros e estrangeiros em um mesmo ecossistema criativo.
A ascensão do coworking no mundo
O coworking surgiu como resposta à necessidade de reduzir custos fixos e criar ambientes dinâmicos para o trabalho remoto. Em cidades como Nova York, Miami e São Paulo, a expansão foi rápida, impulsionada por startups de tecnologia e por profissionais da chamada “gig economy”.
Segundo estudos de mercado, estima-se que até 2030 mais de 30% da força de trabalho mundial esteja ligada a espaços compartilhados. Essa tendência já é visível nas grandes metrópoles americanas, e os brasileiros não ficaram para trás.
O DNA brasileiro no modelo de coworking
O diferencial dos coworkings criados por brasileiros está na hospitalidade e na comunidade. Enquanto muitos modelos americanos são focados exclusivamente em infraestrutura, os empreendedores brasileiros enxergam o coworking como um espaço de convivência.
É comum encontrar nesses locais não apenas mesas compartilhadas e salas privativas, mas também cafés com pão de queijo, eventos culturais, palestras sobre imigração, workshops de marketing digital e encontros de networking em português.
Esse cuidado cria uma sensação de pertencimento e fortalece a rede de apoio entre imigrantes que buscam empreender nos EUA.
Exemplos de sucesso nos Estados Unidos
Diversos empreendedores brasileiros têm se destacado no mercado:
- Orlando e região: espaços de coworking fundados por brasileiros se tornaram base para empresas de turismo, educação internacional e marketing, refletindo a grande concentração da comunidade imigrante.
- Boston: a cidade universitária, com alta presença de brasileiros, conta com iniciativas que unem coworking a hubs de inovação voltados para tecnologia e saúde.
- Miami: brasileiros criaram espaços que funcionam como “embaixadas de negócios”, conectando empresas latino-americanas a investidores americanos.
Esses exemplos mostram como o coworking brasileiro não é apenas um espaço físico, mas um ponto estratégico para internacionalização de negócios.
Perfil dos usuários
Os brasileiros que utilizam coworkings nos EUA são variados, mas é possível identificar três grandes perfis:
- Profissionais independentes, jornalistas, designers, coaches e consultores que buscam reduzir custos e expandir sua rede de contatos.
- Startups e pequenas empresas principalmente nas áreas de tecnologia, marketing e comércio internacional encontram no coworking um ambiente de inovação.
- Empreendedores iniciantes imigrantes que estão começando seu primeiro negócio e usam o espaço como endereço fiscal e base de operações.
Essa diversidade garante uma atmosfera de troca constante e favorece a cocriação de projetos.
Caso de sucesso em Orlando: Easy Work Space em Metrowest
Entre os exemplos mais notáveis de coworkings criados por brasileiros nos Estados Unidos, destaca-se a Easy Work Space, localizada em Metrowest, Orlando. Sob a gestão do empresário Rogério Chiarotti, o espaço se consolidou como um verdadeiro polo de negócios e conexões no coração da comunidade brasileira.
A Easy Work Space foi pensada para atender não apenas às necessidades práticas de empresas e profissionais autônomos, mas também para oferecer um ambiente de acolhimento cultural. A estrutura moderna conta com escritórios privativos, salas de reunião equipadas, auditório para eventos e áreas comuns que estimulam a troca de experiências.
O grande diferencial, entretanto, está na integração com a comunidade: além de ser um espaço de trabalho, a Easy Work Space se tornou um ponto de encontro para empresários, coaches, consultores e startups brasileiras que desejam crescer no mercado americano. Palestras, workshops e eventos de networking fazem parte da rotina, criando oportunidades para novos negócios e parcerias estratégicas.
Com uma gestão profissional e atenta às demandas do mercado, Rogério Chiaroty transformou a Easy Work Space em uma referência de eficiência, hospitalidade e inovação. Hoje, a marca é reconhecida como um modelo bem-sucedido de como brasileiros podem prosperar e gerar impacto positivo em uma das regiões mais dinâmicas da Flórida.
Desafios enfrentados
Apesar do sucesso, os coworkings criados por brasileiros enfrentam alguns desafios:
- Concorrência com grandes players como WeWork e Regus, que oferecem pacotes globais e infraestrutura robusta.
- Manutenção da comunidade: manter os espaços cheios e engajados exige eventos constantes e estratégias de fidelização.
- Burocracia americana: lidar com licenças, seguros e contratos comerciais pode ser um obstáculo para empreendedores imigrantes.
Ainda assim, a capacidade de adaptação e a criatividade do empreendedor brasileiro têm garantido crescimento sustentável no setor.
O impacto econômico e social
Os coworkings criados por brasileiros não impactam apenas os negócios, mas também a comunidade local.
Eles oferecem:
- Geração de empregos diretos em administração, limpeza, recepção e eventos.
- Fomento à cultura brasileira em terras estrangeiras, fortalecendo a identidade imigrante.
- Integração multicultural, já que muitos americanos e estrangeiros de outras nacionalidades também se tornam membros.
Além disso, servem como plataforma de inclusão econômica, ajudando novos empreendedores a iniciarem seus negócios com custos reduzidos e acesso a uma rede de apoio.
Tendências e futuro
O futuro dos coworkings brasileiros nos EUA aponta para modelos híbridos, que unem trabalho presencial e remoto, além de espaços cada vez mais especializados. Já existem iniciativas focadas em áreas como:
- Coworkings de saúde e bem-estar, com salas para fisioterapeutas, psicólogos e coaches.
- Espaços de tecnologia, voltados para startups de software e inteligência artificial.
- Ambientes culturais, que combinam coworking com galerias de arte, cafés e livrarias brasileiras.
Essa diversidade garante que os coworkings continuem relevantes e preparados para atender às novas demandas do mercado.
Conclusão
Os coworkings criados por brasileiros nos Estados Unidos são muito mais do que espaços compartilhados: representam a união entre empreendedorismo, cultura e resiliência.
Eles simbolizam a força de uma comunidade que, mesmo longe de casa, encontra maneiras criativas de prosperar e gerar impacto econômico e social.
Seja em Orlando, Miami ou Boston, esses espaços mostram que o espírito colaborativo brasileiro pode se transformar em um diferencial competitivo e em um verdadeiro legado para futuras gerações de imigrantes.
A Facebrasil, há 15 anos conectando brasileiros no exterior, segue como fonte de informação e inspiração para quem busca prosperar nos EUA, sempre valorizando as histórias de coragem e determinação que moldam nossa comunidade.
