O governo federal anunciou o aumento no Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), um tributo federal cobrado sobre diversas operações que envolvem dinheiro, principalmente empréstimos e câmbio, e serve para gerar receita para a União
Segundo o governo, os novos valores do IOF começaram a ser aplicados já nesta sexta-feira (23), com o objetivo de arrecadar R$ 20,5 bilhões a mais neste ano e R$ 41 bilhões em 2026.
O que muda na prática?
A medida aumenta o imposto em algumas operações — especialmente que envolvam crédito para empresas —, mas não atinge os empréstimos e financiamentos para pessoas físicas. Ou seja, nesse caso, o IOF continuará zerado.
Por outro lado, prevê alterações relacionadas ao câmbio, o que deve encarecer compras internacionais e de moeda em espécie. Isso porque a medida prevê um aumento no IOF cobrado sobre cartões internacionais de crédito e débito e sobre a compra de moedas estrangeiras em papel.
O texto também prevê a retomada de cobranças de IOF em alguns casos, como o de empréstimos externos de curto prazo (até 364 dias), isentos desde 2023. Esse tipo de operação acontece quando uma entidade toma recursos emprestados de credores no exterior.
Medidas que atingem o consumidor
Câmbio e gastos no exterior
COMO ERA:
- IOF de 3,38% sobre compras com cartão de crédito, débito e pré-pagos internacionais
- IOF de 1,1% na compra de moeda estrangeira em espécie
COMO FICOU:
- IOF de 3,5% para cartões internacionais e remessas
- IOF de 3,5% na compra de moeda estrangeira em espécie
Segundo o governo, a mudança visa unificar as alíquotas, com “isonomia de tratamento”. Além disso, busca “evitar distorções, de tratamento distinto em remessas da mesma natureza”.
Compras internacionais mais caras
A professora de economia e finanças pessoais da ESPM Paula Sauer destaca que, na prática, a unificação do IOF em 3,5% para operações relacionadas a compras no exterior irá impactar a aquisição de produtos importados e gastos internacionais.
Para minimizar os efeitos do aumento do IOF, ela dá algumas dicas:
- Fazer compras em sites que aceitam PIX ou transferência bancária para evitar o IOF do câmbio.
- Monitorar a cotação do dólar para planejar as compras internacionais, especialmente para viagens ou intercâmbios, comprando moeda mês a mês para fazer um saldo médio e um preço médio.
- Utilizar os programas de fidelidade e pontos no cartão de crédito para comprar passagens ou fazer compras, trocando pontos por itens. (com informações g1)