O Serviço de Imigração e Controle de Alfândegas dos Estados Unidos (ICE) deportou aproximadamente 150 mil pessoas desde que o presidente Donald Trump assumiu o cargo, segundo a porta-voz do Departamento de Segurança Interna, Tricia McLaughlin. Isso coloca o governo no caminho para registrar o maior número de deportações em mais de uma década.
Durante o governo do ex-presidente Barack Obama, a agência deportou cerca de 400.000 imigrantes em um único ano — o número mais alto já registrado — embora grande parte dessas pessoas fossem recém-chegadas à fronteira, que geralmente são mais fáceis de expulsar. Trump enfrenta um desafio maior ao focar em pessoas que já residem no país.
Os dados mais recentes indicam que a agência, sob o governo Trump, pode chegar a 300.000 deportações em um ano, o que seria o número mais alto desde a administração Obama, embora ainda abaixo da meta do presidente de um milhão de deportações anuais.
Para alcançar esse objetivo, o ICE intensificou o envio de agentes por todo o país, enquanto o governo Trump também recorreu a várias agências federais para reforçar as operações de controle migratório e aumentar o número de detenções.
A Alfândega e Proteção de Fronteiras dos Estados Unidos, responsável pela segurança nas fronteiras, registrou mais de 112.000 deportações neste ano.
O departamento também contabilizou mais de 13.000 autodeportações. No total, isso representa quase 280.000 deportações nos primeiros seis meses do segundo mandato de Trump, número inicialmente divulgado pela CBS News.
A CNN já havia informado anteriormente que o ICE está sob forte pressão do governo para intensificar o controle migratório, especialmente após a aprovação de recursos históricos que devem impulsionar as operações.
A administração também tem incentivado imigrantes indocumentados a se autodeportarem, utilizando campanhas publicitárias multimilionárias e oferecendo incentivos financeiros.
O Departamento de Segurança Interna realizou seu primeiro voo fretado em maio, com 64 imigrantes que optaram por retornar voluntariamente aos seus países de origem, Colômbia e Honduras. (com informações CNN)



