Desde o dia 19 de janeiro está disponível nos Estados Unidos o Globoplay. Nele, o público pode acompanhar a programação onde estiver, com mais flexibilidade para consumo da vasta programação da Globo, mais de 500 títulos disponíveis on demand e o conteúdo do canal internacional da emissora.
Conversamos com a atriz Glória Pires sobre o seu trabalho na novela ‘Éramos Seis’, no ar na Globo e agora também disponível no Globoplay, com opção de catch up.

Você pode falar um pouco sobre a Lola, sua personagem na novela?
A Lola é uma mulher do início do século XX, que passou pela primeira guerra e tem uma vida dura como a maioria das pessoas daquele tempo. Na época, a vida comum era muito difícil, muito mais trabalhosa do que nos dias de hoje, com todos os confortos que a civilização conheceu. As famílias, se estivessem em cidades diferentes, tinham muita dificuldade de se encontrar. Era uma vida dura, de muito trabalho, pouco lazer, pouco conforto. A Lola é uma mulher que acredita na vida, que Deus sabe de tudo, que quando você tem boa vontade, você faz a sua parte, o resto acontece. É uma mulher que tem esperança, que acredita, não no amor porque essa é uma visão romântica, mas ela tem um relacionamento de amor e tem os filhos que são tudo que ela mais ama e tem uma expectativa enorme pelo futuro de cada um deles. É uma mulher comum. Eu adoro fazer mulheres comuns, que têm sua porção heroína. Eu acho que todas as personagens e todas as histórias de pessoas comuns têm um outro lugar. Quando saiu a notícia sobre o remake de ‘Éramos Seis’, e de que eu participaria do projeto, as pessoas me deram feedbacks incríveis, de carinho pela novela.
Como é a relação da personagem com os filhos?
Na época, não havia espaço para doçura. A Lola não é uma mãe doce. É uma mãe boa, que se preocupa, mas essa questão de amor é muito moderna. As pessoas antes eram preocupadas com a sobrevivência, com o dia a dia. Não havia garantias. Não existia salário. As pessoas não tinham os seus direitos reconhecidos. A Lola está enquadrada nesse perfil. A gente quer mostrar na trama uma mãe boa e amorosa mas que tem questões mais urgentes que são a sobrevivência e a formação do caráter dos filhos. Quando se casou, ela acreditava que a vida era um romance, mas o dia a dia a mostrou que há outras urgências.
O que você destaca de mais singular na trama?
É o fato de a trama tratar de assuntos tão corriqueiros e simplórios quanto os que frequentam qualquer família, rica ou pobre, do passado ou do futuro, que todo mundo entende. Eu acho que esse é o grande apelo da novela. Depois tem toda a parte estética, que está muito linda e muito real.



