21.7 C
Orlando
quarta-feira, maio 14, 2025

Fed mantém juros dos EUA na faixa de 4,25% a 4,50% ao ano, diante de incertezas com Trump

O Federal Reserve (Fed), o banco central dos Estados Unidos, manteve as taxas de juros do país inalteradas na faixa de 4,25% a 4,50% ao ano. A decisão unânime, anunciada nesta quarta-feira (7), veio em linha com as expectativas do mercado financeiro.

Essa foi a terceira reunião seguida em que o Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês) optou por não alterar o referencial de juros. Em março, o colegiado reiterou a perspectiva econômica “incerta” e a atenção a riscos ao justificar sua posição.

Além de reiterar o cenário, o comitê afirmou hoje que as incertezas em torno das perspectivas econômicas “aumentaram ainda mais” em meio à política tarifária do presidente dos EUA, Donald Trump.

As decisões sobre as taxas de juros nos EUA geram efeitos também no Brasil. Quando as taxas permanecem elevadas, há maior pressão para que a Selic, a taxa básica de juros brasileira, também permaneça alta por mais tempo. Além disso, há impactos no câmbio.

O anúncio desta quarta-feira foi o terceiro desde que Donald Trump tomou posse como 47º presidente dos EUA, em 20 de janeiro. O cenário, porém, ficou mais adverso de lá para cá, diante da guerra tarifária promovida pelo republicano.

Economistas e agentes do mercado têm feito uma série de alertas sobre os impactos nos EUA das taxas aplicadas a outros países — em especial, contra os principais parceiros comerciais dos norte-americanos. Algumas tarifas estão em vigor. Outras, foram suspensas.

O grande destaque vai para a guerra comercial entre EUA e China. Ao longo das últimas semanas, os norte-americanos anunciaram taxas de até 145% sobre produtos importados da China. Pequim respondeu com alíquotas de até 125% sobre a importação de itens dos EUA.

A decisão de manter os juros inalterados nos EUA nesta quarta-feira veio apesar da pressão e de fortes críticas de Trump contra o presidente do Fed, Jerome Powell.

Nas últimas semanas, o republicano questionou inúmeras vezes o trabalho do banqueiro central à frente da instituição e chegou a ameaçar demiti-lo, mesmo que o presidente dos EUA não tenha poder para tomar essa decisão.

‘Não afeta nosso trabalho’

Após o anúncio, Powell afirmou que a pressão de Trump por cortes nas taxas de juros “não afeta” o trabalho do Federal Reserve.

O banqueiro central também observou, em entrevista a jornalistas, que a política comercial do republicano continua sendo uma fonte de incerteza, o que reforça a necessidade do Fed de adotar uma postura de espera.

“Eu não acho que podemos dizer qual será o desfecho disso”, disse. “Há uma grande incerteza sobre, por exemplo, onde as políticas tarifárias vão se estabilizar.”

Powell ponderou, no entanto, que a economia dos EUA “continua saudável, apesar do clima de pessimismo observado entre consumidores e empresas”. (com informações g1)

Related Articles

Stay Connected

0FansLike
0FollowersFollow
0SubscribersSubscribe
- Advertisement -spot_img

Latest Articles

Translate »