Os Estados Unidos devem recomendar a aplicação de uma terceira dose das vacinas contra a Covid-19 da Pfizer-BioNTech e da Moderna para toda a população e não apenas os imunodeprimidos, segundo informações do jornal The New York Times. A dose extra será aplicada oito meses após a conclusão do esquema de vacinação com duas doses, segundo funcionários do governo disseram ao jornal.
A adoção da nova política depende da autorização da FDA, agência que regula medicamentos nos EUA, que na semana passada liberou a dose extra para pessoas com sistema imunológico enfraquecido. A expectativa do governo americano é que a agência autorize a ampliação da estratégia ainda essa semana, para que possa iniciar em meados de setembro. A decisão tem como objetivo conter a disseminação da variante Delta, identificada pela primeira na Índia, e controlar a pandemia no país.
Estudos recentes indicam que a eficácia dessas vacinas diminui com o passar do tempo, aumentando a vulnerabilidade da população, em especial em relação à variante Delta, que é mais transmissível. Dados preliminares divulgados pela Pfizer sugerem que a terceira dose é segura e aumenta a resposta imune. De acordo com a empresa, esses dados foram apresentados à FDA na segunda-feira, 16. A Moderna está conduzindo um estudo semelhante.
Como ocorreu no início da campanha de vacinação em massa, a aplicação da dose de reforço deve começar pelos grupos de risco, como residentes de lares de idosos, profissionais de saúde e da emergência. Em seguida, seria a vez dos idosos em geral e depois de toda a população.
A campanha de vacinação teve início em dezembro e até segunda-feira, 16, mais de 357,2 milhões de doses foram administradas. Cerca de 60% da população está imunizada com ao menos uma dose e 51% completaram o esquema de vacinação.