A Boeing obteve nesta quarta-feira (18) aprovação da Administração Federal de Aviação (FAA) dos Estados Unidos para retomar os voos de seu jato 737 MAX após quase 2 anos de suspensão devido a dois acidentes que deixaram 346 mortos.
Segundo a Reuters, o chefe da FAA, Steve Dickson, assinou uma ordem suspendendo a proibição de voos e a agência divulgou uma diretriz de aeronavegabilidade detalhando as mudanças necessárias.
A aeronave não voltará a voar de forma imediata em todo mundo, já que as autoridades do setor aéreo de outros países decidiram realizar suas próprias certificações. O chefe da FAA afirmou estar “100% confiante” na segurança do Boeing 737 MAX, mas disse que a fabricante do avião tem mais a fazer para melhorar sua cultura de segurança.
A decisão da FAA ocorre no momento em que outros reguladores globais também se aproximam das decisões sobre permitir que o avião volte a operar. As ações da Boeing saltavam cerca de 6% depois do anúncio, segundo a Reuters.
A decisão de manter no chão as aeronaves 737 MAX em março de 2019, depois que acidentes mataram 346 pessoas na Etiópia e na Indonésia, provocou ações judiciais, investigações do Congresso e do Departamento de Justiça e cortou uma fonte importante de renda da Boeing.
Um painel da Congresso dos Estados Unidos concluiu, após 18 meses de investigação, que os dois acidentes com o Boeing 737 MAX resultado de falhas da fabricante de aeronaves Boeing e da FAA. “Eles foram o terrível resultado de uma série de suposições técnicas incorretas dos engenheiros da Boeing, uma falta de transparência por parte da administração da Boeing e uma supervisão grosseiramente insuficiente da FAA”, concluiu o relatório.
Em meio à crise, a Boeing decidiu também rescindir em abril de 2020 o acordo de compra da área da aviação comercial da Embraer, que previa a criação de empresa conjunta de US$ 5 bilhões que teria controle da gigante americana. (Com informações e foto G1 e Reuters)



