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domingo, junho 15, 2025

Eleições 2024 nos EUA: Biden X Trump – na revista Facebrasil 124

Os eleitores da maior economia do planeta voltam às urnas em 2024 para escolher quem vai comandar a Casa Branca no período de 2025 a 2028. A disputa deverá repetir as eleições de 2020, com o democrata Joe Biden em busca da reeleição, confrontando o ex-presidente republicano Donald Trump. 

Os dois candidatos têm mantido o favoritismo nas primárias e já garantiram o número mágico de delegados que permite a indicação dos partidos Democrata e Republicano à Presidência, mesmo antes das convenções nacionais que vão oficializar os nomes dos dois nas cédulas. Isso significa que a campanha eleitoral nos Estados Unidos está aberta.

Mas, um possível resultado da eleição presidencial marcada para o dia 5 de novembro, ainda é altamente incerto. Pesquisas nacionais de intenção de voto mostram os dois candidatos muito próximos.

Alguns analistas políticos afirmam que, embora os americanos vão às urnas em todo o país, a corrida será mais uma vez decidida por apenas alguns Estados-chave.

Os estados cruciais deste ano, que poderiam ir para um lado ou outro, são Wisconsin, Pensilvânia e Michigan no chamado Cinturão da Ferrugem, além de Arizona, Geórgia e Nevada.

O que preocupa os norte-americanos?

Segundo dados da pesquisa What Worries the World, realizada pela Ipsos em 29 países, as principais apreensões das pessoas nos Estados Unidos, são a inflação, citada por 39% dos entrevistados, seguida por controle de imigração (27%) e crime & violência (26%).

As principais questões que deverão ser abordadas nas eleições 2024, apontadas pela Reuters

Aborto 

Os democratas planejam tornar o aborto um tema central em sua campanha de 2024, com pesquisas de opinião mostrando que a maioria dos americanos não é a favor de limites restritivos aos direitos reprodutivos. A questão se tornou mais motivadora para aqueles que apoiam o direito ao aborto do que para aqueles que se opõem, e o partido espera que as ameaças a esses direitos encorajem milhões de mulheres e independentes a votarem a seu favor no próximo ano.

A questão dividiu os republicanos, com alguns líderes preocupados que o partido tenha ido longe demais com as restrições em nível estadual desde que a Suprema Corte dos EUA anulou, no ano passado, a decisão histórica do caso Roe vs Wade de 1973, encerrando a proteção constitucional ao aborto.

Economia

O governo Biden está tentando tranquilizar os americanos de que a economia está boa, com a inflação caindo e o desemprego nos níveis mais baixos em 50 anos. Os democratas argumentam que a economia está saudável, os salários estão em alta e os investimentos em infraestruturas estão produzindo ganhos de emprego a longo prazo

Os republicanos dizem que vão cortar os gastos federais, que culpam por alimentar a inflação e desencadear os picos nos preços ao consumidor, reduzir as regulamentações federais e reduzir os impostos. 

Imigração 

Desde que assumiu o cargo em 2021, Biden tem lutado com um número recorde de imigrantes cruzando ilegalmente a fronteira entre os EUA e o México, esgotando os recursos na região e nas cidades para onde os imigrantes foram, como Nova York e Chicago.

Os candidatos republicanos, incluindo Trump, culparam Biden por reverter políticas mais restritivas da era Trump e prometeram reforçar a segurança nas fronteiras.

Alguns democratas criticam Biden por recorrer a medidas de fiscalização ao estilo de Trump para reduzir as travessias ilegais, enquanto a Casa Branca afirma que está avançando para um sistema mais humano e ordenado, oferecendo novas formas de entrada legal de imigrantes. 

Política Externa 

A China emergiu como a questão de política externa na campanha, com os republicanos argumentando que a potência asiática é uma ameaça crescente à segurança nacional, aos interesses corporativos dos EUA e à independência de Taiwan.

A administração Biden disse que quer “desarriscar” e não “desacoplar” a sua relação com a China e trabalhar para evitar que a competição entre as potências econômicas número um e número dois do mundo se transforme em conflito.

A Ucrânia é outra questão importante e dividiu o campo republicano. Trump argumenta que o apoio de Biden à Ucrânia na guerra com a Rússia está distraindo os Estados Unidos da preparação para um possível confronto com a China. 

A guerra entre Israel e o Hamas lançou uma nova questão polarizadora na campanha eleitoral. Biden, que apoia firmemente Israel, enfrenta desavenças entre muitos democratas preocupados com uma crescente crise humanitária na Faixa de Gaza controlada pelo Hamas. Os republicanos também apoiam Israel e estão usando o conflito para pressionar por uma fronteira mais forte entre os EUA e o México.

Todas estas questões estarão no foco da nação mais poderosa do mundo que, com certeza, vai atrair todos os olhares do planeta nestas eleições presidenciais de 2024. 

“A votação de 2024 será a 60ª eleição presidencial dos EUA e o voto não é obrigatório no país.”

O processo eleitoral nos Estados Unidos é longo e com várias etapas, começando pelas primárias, passando pelas convenções partidárias e os debates entre os candidatos, até a eleição em si, marcada para 5 de novembro.

Primárias 

O caminho até a votação final começa oficialmente com as primárias que acontecem de janeiro a junho, mas é comum que a disputa se resolva nos primeiros meses do ano. 

Nas primárias o eleitor escolhe qual pré-candidato prefere que o partido indique para a eleição geral. Mas, a votação para presidente é indireta. Os resultados das urnas vão moldar a formação do Colégio Eleitoral, que elege o presidente de fato.

O Colégio Eleitoral é formado por 538 delegados. Para ser eleito presidente, é preciso obter ao menos 270 votos. 

A eleição presidencial é organizada pelos 50 estados que têm direito a um número diferente de delegados, com base em sua população.

Convenções Partidárias

Para nomear os candidatos, nos meses de julho e agosto são realizadas as convenções dos partidos. O evento serve também para que cada partido mostre suas principais propostas e como pretende engajar os eleitores. 

A convenção republicana será em Milwaukee, de 15 a 18 de julho. 

Os democratas se reúnem em Chicago, de 19 a 22 de agosto.

Debates

Depois das convenções, os dois candidatos intensificam a campanha pelo país e participam de debates na TV. 

Estão previstos três encontros em 2024:

  • 1º debate presidencial – 16 de setembro
  • 2º debate presidencial – 1 de outubro
  • 3º debate presidencial – 9 de outubro

No dia 25 de setembro acontece o debate entre candidatos a vice-presidente. 

Disputa Final

O dia da eleição nos Estados Unidos acontece sempre na primeira terça-feira depois do dia primeiro de novembro e, em 2024, será no dia 5. No entanto, os cidadãos têm a possibilidade de votar antecipadamente. Os norte-americanos vão às urnas escolher o novo presidente, além de deputados federais, parte do Senado e, em 11 estados, também haverá votação para governador.

“No dia 20 de janeiro de 2025 acontecerá a cerimônia de a posse do novo presidente dos Estados Unidos”

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