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sexta-feira, outubro 24, 2025

Dólar desaba e fecha a R$ 5,84 após recuo de Trump em seu ‘tarifaço’

O dólar disparou durante a manhã, mas passou a cair e fechou em forte queda nesta quarta-feira (9), cotado a R$ 5,84. A mudança brusca de direção ocorreu após o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, recuar do tarifaço contra mais de 180 países.

O republicano anunciou que reduzirá para 10% as taxas recíprocas a outros países, pelo prazo de 90 dias. A exceção será a China, que retaliou as tarifas aplicadas pelos EUA, e agora terá taxas de importação de 125%.

Na máxima do dia, o dólar chegou a R$ 6,0961. Na mínima, bateu R$ 5,8292. O Ibovespa, principal índice de ações da bolsa de valores, também inverteu o sinal ao longo do dia e fechou em alta de mais de 3%.

O que está mexendo com os mercados?

O humor do mercado mudou completamente depois que o presidente dos EUA anunciou que irá pausar por 90 dias o programa de tarifas recíprocas, e reduzirá para 10% as tarifas de importação contra países, exceto a China.

Segundo Trump, as taxas contra os chineses aumentarão para 125%, devido às retaliações anunciadas por Pequim nesta semana.

Mais cedo, o clima estava azedo depois do anúncio da nova tarifa de 84% cobrada pela China sobre os produtos americanos, que aconteceu no mesmo dia em que entraria em vigor uma tarifa de 104% contra o país asiático.

Em duelo com os EUA desde o anúncio das tarifas recíprocas, a China disse que estava preparada para “revidar até o fim” contra o plano de Trump de reduzir as importações.

Nesta quarta (9), a União Europeia também aprovou o seu primeiro pacote de retaliação contra as tarifas, apesar de reforçar que está disposta a negociar. O bloco de 27 países decidiu aplicar taxas de 25% sobre uma série de importações dos EUA a partir da próxima terça-feira (15), em etapas.

Inicialmente, a ação da UE é uma resposta específica às tarifas de 25% sobre o aço e o alumínio aplicadas pelos EUA no mês passado. O bloco ainda está avaliando como responder às tarifas sobre automóveis e outras questões mais amplas.

A questão para a economia global é que o aumento de tarifas traz as seguintes consequências:

  • As tensões crescentes entre os países elevam as incertezas globais com o futuro da economia.
  • Mais tarifas tornam os produtos que chegam aos países mais caros, o que contribui para um aumento da inflação.
  • Com os preços altos, o mercado teme que aconteça uma redução nos níveis de consumo da população, além de uma queda no comércio internacional.
  • Esse cenário nas maiores economias do mundo eleva os temores por um período de recessão global.
“Com base na falta de respeito que a China demonstrou aos mercados mundiais, estou, por meio deste, aumentando a tarifa cobrada da China pelos Estados Unidos da América para 125%, com efeito imediato”, escreveu Trump.
Na mesma publicação, o líder norte-americano anunciou que reduzirá para 10% as taxas recíprocas a outros países, pelo prazo de 90 dias. Ele se referiu à decisão como uma “pausa” no tarifaço detalhado na quarta-feira da semana passada, que resultou na escalada da guerra comercial global.
Impacto nas bolsas
  • Na Ásia, as bolsas de valores fecharam majoritariamente em baixa, com exceção da China e Hong Kong, que subiram antes do anúncio da nova retaliação chinesa.
  • Na Europa, a expectativa de desaceleração econômica provocou, mais uma vez, uma queda generalizada nas bolsas de valores. Por lá, o índice Euro Stoxx 50, que reúne as ações das principais empresas europeias, fechou em queda de 3,31%.
  • Nos Estados Unidos, houve tempo para reagir ao anúncio de Trump. Wall Street opera com fortes altas.

As commodities ligadas ao aquecimento da atividade econômica, como petróleo e minério de ferro — que são muito demandadas quando a produção no país é grande — também sofriam no início do dia, e registravam os seus menores patamares em anos.

O barril de petróleo chegou ao entorno dos US$ 60. Durante o pregão, caiu abaixo desse patamar. Segundo levantamento da XP, esse é o menor nível da commodity em quatro anos, desde meados da pandemia de Covid-19, quando o mundo passou por uma forte desaceleração econômica.

“Além disso, o preço do minério de ferro cedeu para US$ 90 por tonelada, patamar bem abaixo dos US$ 110 que operava antes dos anúncios das tarifas”, destaca o relatório da XP. (com informações g1)

 

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