A Disney divulgou na terça-feira (14) um estudo que mostra seu impacto econômico na Flórida em US$ 40,3 bilhões, enquanto luta contra o governador Ron DeSantis pela aquisição do distrito que governa a área onde ficam os parques temáticos.
A Disney foi responsável por 263.000 empregos na Flórida, mais de três vezes a força de trabalho real do Walt Disney World, de acordo com o estudo conduzido pela Oxford Economics e encomendado pela Disney, cobrindo o ano fiscal de 2022.
Além do emprego direto e dos gastos, o estudo atribuiu os bilhões de dólares da empresa -impacto do dólar sobre influências indiretas, como cadeia de suprimentos e gastos dos funcionários.Os empregos incluem funcionários da Disney, bem como empregos sustentados pelos gastos dos visitantes nas propriedades da Disney World.
A Disney emprega 82 mil trabalhadores na Flórida, não apenas na Disney World, fora de Orlando, mas também na Disney Cruise Line em Port Canaveral, Fort Lauderdale e Miami, bem como em um resort em Vero Beach.
Na Flórida Central, a Disney é responsável diretamente por 1 em cada 8 empregos e, para cada emprego direto, outros 1,7 empregos são mantidos em toda a Flórida, disse a Oxford Economics.
O período do estudo é anterior à aquisição, no início deste ano, do distrito governamental da Disney World por DeSantis e seus nomeados, depois que a Disney se opôs publicamente a uma lei estadual que proíbe aulas nas escolas do Estado sobre orientação sexual e identidade de gênero nas séries iniciais.
Autoridades da Disney disseram no ano passado que a empresa planeja investir US$ 17 bilhões adicionais na próxima década na região da Flórida Central, incluindo a criação potencial de mais 13 mil empregos. No entanto, a empresa demonstrou vontade de recuar nos investimentos no Sunshine State.
No início deste ano, a Disney descartou planos de realocar 2.000 funcionários do sul da Califórnia para trabalhar em tecnologia digital, finanças e desenvolvimento de produtos, um investimento estimado em US$ 1 bilhão.
A Disney World já possui quatro parques temáticos, mais de 25 hotéis, dois parques aquáticos e um bairro comercial e gastronômico em 25.000 acres (10.117 hectares).
Entenda o caso
A Disney está lutando contra DeSantis e seus nomeados em tribunais federais e estaduais pela aquisição do que foi formalmente chamado de Distrito de Melhoria de Reedy Creek, mas foi renomeado como Distrito de Supervisão de Turismo da Flórida Central depois que os nomeados de DeSantis ganharam o controle.
O distrito foi criado pelo Legislativo da Flórida em 1967 para lidar com serviços municipais como combate a incêndios, reparos de estradas e transporte de resíduos, e foi controlado por apoiadores da Disney até o início deste ano. Antes que o controle do distrito mudasse de mãos de aliados da Disney para nomeados por DeSantis, os apoiadores da Disney em seu conselho assinaram acordos com a Disney transferindo o controle sobre o design e construção da Disney World para a empresa. Os novos nomeados por DeSantis disseram que os “acordos de última hora” neutralizaram seus poderes, e o distrito processou a empresa no tribunal estadual de Orlando para anular os contratos.
A Disney entrou com pedidos reconvencionais, que incluem pedir ao tribunal estadual que declare os acordos válidos e executáveis. A Disney também processou DeSantis, uma agência estadual e os nomeados por DeSantis no conselho distrital no tribunal federal de Tallahassee, dizendo que os direitos de liberdade de expressão da empresa foram violados quando o governador e legisladores republicanos a atacaram por expressar oposição à lei apelidada de “Não diga Gay” por seus críticos.
Em um relatório de lucros na semana passada, a Disney observou que, embora seus parques temáticos em todo o mundo tivessem um aumento anual na receita operacional, ela havia diminuído no resort de parques temáticos da Flórida devido aos custos relacionados ao fechamento de seu imersivo parque temático Star Wars. experiência de duas noites e menores gastos dos visitantes devido à redução nas tarifas dos hotéis. (com informações AP)
