Muitas vezes estamos executando tarefas, porém nossos pensamentos não estão focados no “aqui e agora” e é fácil nos dispersarmos com preocupações que não levam a lugar algum ou mesmo com outras coisas que estejam acontecendo no mesmo ambiente.
Por outro lado, quando executamos tarefas extremamente prazerosas ou estamos profundamente concentrados a ponto de canalizarmos nossas emoções a serviço de nosso desempenho, conseguimos atingir o fluxo, o ápice da nossa capacidade.
O estado de fluxo é um estado de autoesquecimento descrito por Goleman (1996), uma entrega total a determinada atividade.
Atletas de alto desempenho relatam que, apesar das dores físicas ou pressões, conseguem adiar a satisfação e se entregam às atividades, perdendo algumas vezes até mesmo a noção de tempo e espaço.
Todo mundo tem experiências de microfluxos ao longo da vida, quando ultrapassa seus próprios limites.
O mais interessante é que, quando estamos no ápice de nosso desempenho, executamos difíceis tarefas com um dispêndio mínimo de energia, pois nossas energias estão sendo canalizadas para o lugar “certo”.
Segue o fluxo
Que tal trabalhar para atingir esses estados de microfluxo e melhorar o nosso desempenho?
Goleman (1996) dá algumas dicas para atingir o fluxo:
- Concentrar-se intencionalmente para iniciar a tarefa.
- Executar atividades que não sejam muito fáceis, entediantes, mas também não sejam tão difíceis a ponto de gerar estresse e ansiedade.
- Praticar bem as etapas anteriormente, pois assim elas exigirão menor esforço cerebral se comparadas a atividades que ainda estão sendo aprendidas.
- Descobrir alguma coisa de que gostamos e nos apegar a ela.
- Controlar nossos estados de espírito, impulsos, e adiar a satisfação para um fim produtivo.
Marina Zema é formada em psicologia e trabalha com desenvolvimento de pessoas.