A bancada democrata na Câmara dos Estados Unidos apresentou, nesta segunda-feira (11), um pedido de impeachment contra o presidente Donald Trump no qual o acusam de incitar uma insurreição – que culminou na última quarta-feira com a invasão do Capitólio.
O pedido argumenta que o discurso feito por Trump a seus apoiadores, pouco antes da invasão, teria incentivado as ações violentas.
Mais cedo, representantes republicanos na Câmara dos Deputados rejeitaram uma resolução pedindo que o vice-presidente Mike Pence ele acionasse a 25ª emenda – afastando Trump da presidência dos EUA.
Como houve objeção, a recomendação da Câmara será reavaliada na terça-feira (12) com a presença de todo o plenário. A decisão pela 25ª emenda não é tomada pelo legislativo, ela precisa ser acionada por Pence – com o apoio da maioria dos membros do Gabinete presidencial.
Ainda assim a ação pode ser contestada por Trump, em uma carta redigida ao Congresso. A remoção permanente do mandatário precisa da aprovação da maioria de dois terços do Congresso- 67 senadores e 290 representantes.
Esse é o segundo pedido de impeachment contra Trump feito pelos democratas da Câmara que acusaram o presidente, em dezembro de 2019, por pressionar a Ucrânia a investigar Biden – à época, o pedido não foi para a frente porque o Senado, controlado pelos republicanos, votou contra.
É possível que o mesmo aconteça agora porque o Senado segue controlado pelos republicanos, que – segundo especialistas ouvidos pela agência Reuters – não devem aceitar as acusações até o último dia do atual mandato, em 19 de janeiro. (Com informações G1 e Reuters)